quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ameaça mundial? quem mesmo?


Esporadicamente em algumas semanas e mais assiduamente em outras somos bombardeados por notícias acerca de uma das “grandes ameaças a ordem mundial”, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. As potências ocidentais temem que o presidente Xiita a qualquer momento use o urânio que está sendo enriquecido para criar bombas de destruição em massa, opa! Bombas novamente? Vão usar o mesmo argumento que usaram para invadir o país vizinho, o Iraque? Essas potências já foram mais criativas.

A questão que se configura não é tão simples assim, antes da Revolução Iraniana em 1979, o país era governado pelo xá Pahlevi, um sunita que era considerado o braço direito do Ocidente no Oriente médio, Pahlevi, entretanto desagradara a maior parte de sua população que é de origem xiita. Com a revolução os xiitas tomaram o poder, extirparam as influências ocidentais da sociedade iraniana e elevaram o Aiatolá Khomeini ao poder, O Irã deixou de ser uma monarquia autocrática e passou a ser uma república islâmica.

Temos que lembrar que estamos falando de uma região extremamente rica em petróleo e que por isso desperta o interesse da barganha pela potências ocidentais, que novamente têm pouca influência no governo de Ahmadinejad.

Partindo para uma análise mais profunda o que percebemos são os organismos mundiais de comunicação criando factóides, falando em armas nucleares e no uso de urânio. Observamos os defensores da “ordem” mundial tentando promover mais uma guerra de “salvação”. É claro a indústria bélica que patrocina candidaturas precisa vender seus produtos e o melhor consumidor é o governo, percebemos também um desrespeito a cultura, a autonomia nacional e ao avanço tecnológico do país islâmico.

E fica a pergunta quem seria a ameaça? Os iranianos que tentam uma forma de gerar energia ou os ocidentais famintos por petróleo?

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