quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Práticas políticas que resistem por mais de um século



Ano novos políticas velhas, é bem interessante observar como práticas tão arcaicas ainda estão vivas nos dias atuais, percebemos resquícios da República Velha que parecem ter sobrevivido ao tempo, a troca de favores e o cabresto resistiram ao passar dos anos e chegaram ao cenário urbano. O coronel virou burguês, não é mais o latifundiário e sim o empresário, continua dono do capital e subordinando aqueles que são domesticáveis.

As disparidades sociais que foram instituídas desde quando o homem deixou de ser nômade e passou a se organizar em sociedade, vem até hoje forçando alguns a se submeterem àqueles que detêm o poder seja ele político, econômico ou religioso. No Brasil o período histórico conhecido como República Velha (1889 – 1930) refletiu no campo político rural principalmente na atuação do coronel como figura central na política. Isso ocorreu devido a forte influência econômica destes, por serem donos das terras e, portanto capazes de empregar algumas pessoas. A Revolução de 30 tinha o intuito de dirimir a influência desses coronéis, entretanto nos é contemporâneo práticas políticas que atravessaram um século.

Algumas prefeituras transformaram-se nos antigos latifúndios, por serem “terras produtivas” e poderem gerar emprego, dependendo apenas da vontade do “coronel”. Em tempos de eleição é uma festa os cativos são mandados a todos os cantos para conquistarem o maior número de votos possíveis, daí eles colocam o coração na ponta do bolso e vão garantir seu cativeiro remunerado por mais quatro anos.

No campo empresarial a coisa é ainda mais bossal, o trabalhador é explorado por todo o tempo, sem reclamar, pois sabe que há o que Karl Marx chamou de “exército de reserva” pronto para substituí-lo, nos anos de eleição é obrigado a votar no candidato indicado pelo “bondoso” patrão. A dependência econômica faz com que o pobre e explorado trabalhador abdique de suas convicções para se tornar mais um encabrestado.

Por fim concluo com as palavras do filósofo grego Platão “a política é o jogo fortuito de ações motivadas pelo interesse” e adiciono, interesses esses pessoais e não coletivos, e ainda,devido ao poder de alguns e a subordinação de outros, esses interesses são sempre alcançados.

2 comentários:

  1. Ótimo texto! como citado infelizmente o voto por cabresto e a troca de favores resistiram por bastante tempo, agora o que nos interessa
    muito, é saber por quanto tempo mais eles resistirão ?!

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  2. Pow brother, gostei dus seus comentários, muito legaaal, vc eh muito inteligente,
    sabe bem colocar as palavras, ainda bem q existe ainda alguém que se preoculpa com u bem
    está da população e da sua comunidade! continúe assim mano! na maioría das veses essas atitudes vale + do o próprio dinheiro!
    mas mano! abraço!

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