quinta-feira, 1 de outubro de 2009
A mídia garçonete da elite
Sempre acho bem divertido ler certas matérias nos jornais pertencentes à grande mídia, é bem interessante como eles conseguem inventar uma verdade que sirva a grande burguesia elitista.
Outro dia acompanhando o espetáculo circense que são as matérias da Revista Veja, me deparei com uma que retratava a resistência na ditadura, o que me chamou atenção foi o uso da palavra “terrorismo ou terrorista” para nomear os dissidentes do sistema ditatorial instituído no Brasil. Óbvio a palavra terrorista nos soa com um ar pejorativo, “cuidado com ele!” “ele é um perigo para sociedade!” “vamos matá-lo!”, sem dúvida essa foi à melhor justificativa encontrada pelas elites inconstitucionais que estavam no poder para silenciar aqueles que se opunham ao regime. O grande baiano Carlos Marighella foi um desses mártires, assassinado em uma emboscada preparada pelo delegado Sergio Fleury e seus comparsas do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) Marighella é chamado de terrorista e sua morte é implicitamente vista como uma vitória pela revista. Apesar das fotos mostrarem que Marighella não reagiu, pois foi morto dentro do carro, a Revista Veja insisti em relatar que os policiais apenas reagiram as tentativas do Marighella.
A mídia brasileira usando seu poder de influência e de barganha criou heróis e vilões, tirou a atenção das mazelas políticas e sociais para lançar esperança em um time de futebol, fez um presidente, e continua a tentar manipular as opiniões populares em favor de uma elite que nunca olha para baixo. A última agora é que eles acabaram de descobrir que o Sarney usa a política como meio de enriquecimento, NOSSA! Fiquei perplexo, nunca imaginei isso. Como eles conseguiram descobrir? É a primeira vez que o senador amapá-maranhense faz isso e já conseguiram mostrar, essa mídia brasileira realmente faz um belo papel de está do lado do povo, parabéns! Isso foi só pra exercitar meu espírito circense.
Sarney, uma breve estória política, apoiava João Gulart antes de 64, depois do golpe esteve do lado dos ditadores, foi vice de Tancredo, depois fez parte do governo de Itamar Franco, FHC e agora Lula, ou seja, ele sempre esteve do lado dos que mandam, usando isso como uma forma de angariar benefícios próprios, mas, a mídia só conseguiu chegar a essa conclusão agora. Faz-me rir, como disse antes, a mídia não está do lado do povo e sim dos grandes burgueses que a mantém.
Só pra concluir, não que sejam necessárias as datas, mas, dois dos principais veículos de comunicação do nosso país surgem nos anos 60, a Rede globo surgida em 1965 um ano após o golpe militar e a Revista Veja, pasmem , surgida em 1968, ano do Ato Institucional Número Cinco, o qual aumentou a censura sobre as publicações. Portanto, são mais que evidentes as ligações entre poder e mídia. Já a nós leitores cabe tomar bastante cuidado com as informações surgidas e não abrir as pernas sem questionar a procedência das informações.
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Nos entristece pensar que a maioria da população brasileira fecha os olhos e não percebe a influencia que a mídia tem em nosso cotidiano.
ResponderExcluirA tão "querida" Rede Globo que dita as regras (Moda, cultura, beleza, política......) que regem a vida de parte (muito significativa) da população. Até onde não tem televisão ela está!!(KKKKK)
Padrões de beleza... O que é "legal" fazer, usar, vestir, comer, ouvir... Diga-se de passagem, totalmente machistas (não podia deixar o gênero!!hehehe) e preconceituosas.
Ser livre e consciente é preciso!!! =DD