domingo, 17 de abril de 2011

O nosso sistema de liberdade (para poucos) Texto I

Estamos no cerne de uma sociedade que, segundo os especialistas, avança econômica e tecnologicamente com a celeridade de um trem bala asiático. Bom, isso é ótimo o mercado cada dia nos apresenta coisas novas e portáteis (palavras nesse caso sinônimas de supérfluas) que vão facilitar nossa vida, temos Smart fones, notebooks, HDTV, Mp3 Players (4, 5... 200) todos esses objetos desnecessários, são “essenciais” na vida de um cidadão inserido em nossa sociedade de CONSUMO.

Assistimos TV e lá estão as inovações, as propagandas, que são a alma do negócio, fazem parecer que não ter essas coisas fúteis e ser marciano ou pré-histórico são a mesma coisa. “Se você não é um mequetrefe, você terá um Smart fone, pois todo mundo tem”. Tudo bem, talvez eu possa comprar um notebook, mas, onde quero chegar? Qual o ônus social de tudo isso?

Bom, olhemos pra o lado vejamos pessoas amontoadas em um pequeno espaço nas grandes cidades, pessoas estas que mal conseguiram lugar decente pra morar e no entanto com muito esforço conseguiram comprar uma TV, lançamento da copa de 1994, que funciona muito bem, passa as mesmas propagandas e suscita os mesmo desejos e convence de igual forma quanto a necessidade de adquirir um aparelho desses.

O jovem das classes mais baixas movidos pelo anseio de impetrar também esses aparelhos "indispensáveis" a qualquer ser vivo, procurarão caminhos que os levem a essas inovadoras tecnologias. Caminhos esses que nem sempre obedecerão ao princípio da legalidade. O sistema instituído somado ao alcance e influencia da TV, vai enfatizar a segregação econômica, e por conseqüência terá uma grande influência na marginalização de parte das classes menos favorecidas.

a justiça do capitalismo é essa, uns podem comprar o mundo, outros talvez consigam comprar o básico para sobrevivência.

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